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Como o Grupo Dreamers fez da diversidade uma força central e estratégica

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Por que estão falando tanto de… desigualdade salarial entre homens e mulheres

De acordo com dados do Ministério do Trabalho, mulheres recebem em média 20,7% a menos que homens; saiba como o RH pode impactar nessa diferença

Eduarda Ferreira
26 de setembro de 2024
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O que você precisa saber

Pode parecer que esse assunto está ultrapassado, mas, infelizmente, a realidade é outra. Apesar da Lei de Equidade Salarial ter sido sancionada em julho de 2023, a desigualdade salarial entre homens e mulheres cresceu no Brasil. Segundo dados recentes divulgados pelo Ministério do Trabalho, hoje as mulheres recebem em média 20,7% a menos que os homens empregados no setor privado do país. Até março deste ano, a diferença era de 19,4%.

O relatório também mostra que a disparidade é ainda maior quando o assunto são cargos de liderança: em posições de direção ou gerência, as mulheres recebem apenas 73% da remuneração dos homens nos mesmos cargos. E, tudo piora quando o assunto são mulheres negras no ambiente corporativo. Na prática, elas recebem até 35,38% a menos que mulheres não negras, 21,4% a menos que os homens negros e quase metade (49,75%) do salário de homens não negros, desempenhando as mesmas funções. 

Além disso, conforme o levantamento, que considerou 18 milhões de trabalhadores em 50.692 estabelecimentos com 100 ou mais empregados, em 42,7% das empresas pesquisadas, menos de 10% da folha salarial era composta por mulheres pretas e pardas. E, em 53% dos estabelecimentos, mesmo tendo mais de 100 empregados, não havia pelo menos três mulheres em cargos de direção e chefia.

Diante desse cenário, o governo federal, através do MTE, lançou um Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Homens e Mulheres. O documento lista 79 ações para estimular a equiparação das funções e dos rendimentos entre homens e mulheres. Entre as propostas, estão a qualificação de mulheres visando a ascensão a cargos de liderança e o incentivo e criação de iniciativas que alterem a cultura organizacional empresarial que exclui as mulheres. 

O que isso significa para o RH

Não é novidade que atração e retenção de talentos é uma das principais funções – e dores – do RH. O setor, que é responsável pelo bom funcionamento da empresa no que diz respeito às pessoas, precisa olhar constantemente para diversidade e equidade de gênero no ambiente corporativo

Afinal, contar com um time diverso de colaboradores é essencial para o sucesso de qualquer organização. E não somos nós que estamos dizendo isso: um estudo da consultoria  Diversity Matters Even More apontou que empresas diversas em termos de gênero mostraram uma tendência financeira 25% melhor do que seus pares. A proporção sobe para 36% em companhias diversas em todos os pilares – como raça e etnia, orientação sexual, deficiências. 

Outra pesquisa, da Harvard Business Review aponta que a cada 10% de aumento em equidade de gênero em uma organização, a receita da empresa aumenta entre 1% e 2%. 

Mas não basta apenas contratar mulheres para promover a equidade de gênero no ambiente de trabalho: é preciso transformar a cultura das organizações, através de um esforço contínuo de conscientização e ações concretas que devem ser aplicadas na organização, como a promoção de lideranças femininas e programas de equiparação salarial. E, para isso, o RH deve ser um dos grandes mobilizadores das mudanças. 

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Eduarda Ferreira é jornalista e atualmente contribui com a área de conteúdo da Caju. Possui interesse em pautas relacionadas à negócios, tecnologia e sustentabilidade.