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Por que estão falando tanto de… rage applying

Tendência no Tiktok, o fenômeno de Rage applying existe há um bom tempo e refere-se a prática de uma pessoa se candidatar a diversas vagas de forma impulsiva, motivada pela raiva, insatisfação ou frustração com o emprego atual.

Izabela Linke
18 de abril de 2024
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O que você precisa saber

No último ano, tem se falado muito sobre o fenômeno do “rage applying”. O termo, sem uma tradução direta que o defina corretamente em português, refere-se à prática de uma pessoa se candidatar a diversos empregos de forma impulsiva e sem muita reflexão, motivada pela raiva, insatisfação ou frustração com o atual emprego. 

O movimento não é novo, mas agora ganhou um nome e, embora tenha surgido no TikTok, a tendência tem ido além de vídeos virais. Em grande parte, isso acontece porque um novo perfil profissional, muito mais vocal, resolutivo e insatisfeito com o status quo, está se tornando cada dia mais comum no mercado – não à toa, o “rage applying” é primo de outro fenômeno do qual falamos recentemente, o “quit-tok”. 

Não apenas isso, mas com demissões em massa e layoffs acontecendo ainda em pleno vapor, muitas pessoas também estão se aplicando a vagas induzidas pela ansiedade, com medo de serem demitidas a qualquer momento.

O fenômeno do “rage applying” tem sido atribuído a uma variedade de fatores, incluindo a frustração com o mercado de trabalho, a falta de reconhecimento interno, o desejo de mudança de carreira, entre outros. Além disso, como sabemos, as gerações mais jovens, como a Geração Z, têm diferentes valores e expectativas em relação ao trabalho, o que pode contribuir para o surgimento dessas práticas e movimentos.

O que isso significa para o RH

Para os profissionais de RH que se preocupam em perder colaboradores, o “rage applying” pode não ser notado até que seja tarde demais. Isto é, como saber que os talentos da sua empresa estão se aplicando a outras vagas dia após dia? O importante aqui é prestar atenção aos sinais de insatisfação e desengajamento, que são os principais motivadores do “rage applying”. Algumas posturas podem indicar o problema, como: 

  • irritabilidade com questões menores;
  • negligência de responsabilidades;
  • aumento do absenteísmo;
  • falta de esforço em projetos em equipe.

Vale fazer um esforço e olhar com carinho para a saúde de alguns processos internos. Como andam as pesquisas de clima? E o eNPS? Fatores como remuneração insuficiente, falta de reconhecimento, falta de oportunidades de crescimento e falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional também podem contribuir para a insatisfação dos funcionários.

Importante também estruturar (ou fortalecer) programas de reconhecimento e recompensa para valorizar os esforços dos funcionários. Além disso, oferecer oportunidades de desenvolvimento profissional e crescimento dentro da empresa pode ajudar a manter funcionários engajados e menos propensos a buscar oportunidades externas impulsivamente.

O “rage applying” é a frustração do seu colaborador levada ao próximo nível, e pode acontecer por motivos que vão desde questões pessoais até problemas maiores e mais sérios na organização que não estejam sendo endereçados. De forma geral, fica o lembrete de se preocupar com a retenção de talentos. Isso pode incluir oferecer benefícios adicionais, ter mais flexibilidade, criar oportunidades de aprendizado e desenvolvimento, oferecer programas de bem-estar e mentoria.

Essa tendência emergente reflete as mudanças no ambiente de trabalho e as expectativas dos funcionários, especialmente dos mais jovens. Compreender e abordar esse movimento é fundamental para melhorar a retenção de talentos em um mercado cada vez mais competitivo e ansioso. 

Criar e manter ambientes de trabalho mais saudáveis e positivos é uma jornada constante e primordial para quem cuida de pessoas, e sem dúvidas pode ser a chave para evitar que seus colaboradores sintam o impulso de sair correndo da sua empresa.

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Jornalista, redatora e revisora que adora ouvir e contar histórias. Apoiando a estratégia de conteúdo da Caju, tem como missão levar informação de valor para a área de gestão de pessoas e contribuir para um mercado cada vez mais inovador e humano.

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