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Por que estão falando tanto… do que pensa o estagiário brasileiro

Estudo da Cia. de Estágios mostra que estudantes priorizam flexibilidade e desenvolvimento profissional na hora de escolher uma vaga; entender público jovem é vital para o RH entender futuro das organizações

Emilly Nascimento
25 de julho de 2024
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O que você precisa saber

Nos últimos tempos, muito tem se falado sobre os interesses e as demandas da geração Z, formada pelas pessoas nascidas entre 1995 e 2012. Muitas opiniões, porém, são baseadas em experiências muito específicas, de maneira que é muito interessante quando surge uma pesquisa que mostra realmente como pensa esse grupo. É o caso de um levantamento recente feito pela Cia. de Estágios, empresa focada em recrutamento e seleção, que traçou um perfil dos estagiários brasileiros. 

Entrevistando mais de 6,2 mil estudantes, a pesquisa abordou diversos assuntos relacionados aos candidatos, como: os desafios enfrentados durante o processo seletivo, situação econômica, detalhes sobre a vaga conquistada e motivações profissionais.

Dos entrevistados, 64% têm entre 18 e 24 anos, indicando uma predominância de pessoas mais jovens pertencentes à geração Z no mercado de estágios. Dentre estes, seis em cada dez estão estagiando ou em busca de uma oportunidade de estágio, enquanto o restante está desempregado ou atua em outros modelos de trabalho.

Uma das informações que mais chama a atenção na pesquisa são as prioridades dos estagiários na hora de escolher uma vaga: segundo a Cia. de Estágios, flexibilidade e benefícios que favoreçam o desenvolvimento profissional, como treinamentos, programas de mentoria e cursos de idioma, são considerados por 48% dos estudantes – as maiores prioridades citadas na pesquisa. Além disso, a maioria está cursando ensino superior (95%), sendo que 69% estudam em instituições privadas.

Outro ponto interessante é de que mais de um terço dos estagiários declara ser o principal responsável pelo pagamento das mensalidades de seu curso (36%). E, para financiar os estudos, 40% desses estudantes recebem algum tipo de bolsa de estudos no ensino privado.

Ao observar a relação entre pretensão salarial e salário informado, destaca-se a convergência entre os valores desejados e os oferecidos pelo mercado. Cerca de 45% dos estudantes que estagiam informaram receber entre R$1.412 e R$2.118, faixa salarial desejada por 47% dos respondentes.

Outro dado relevante do estudo revela que o maior investimento que os estudantes fizeram por conta própria em suas carreiras foi voltado para o próprio desenvolvimento profissional, através de cursos complementares à área de formação. Apenas 8% relataram não ter feito nenhum tipo de investimento com foco em capacitação profissional.

E ao contrário do que muita gente imagina, quando o tema é o futuro, os jovens têm pensamento positivo: 41% se dizem esperançosos, 39% determinados e 37% ansiosos. Em contrapartida, 23% se sentem preocupados, 17% inseguros e 3% desanimados.

O que isso significa para o RH

Programas e vagas de estágio são uma das principais portas de entrada dos profissionais para o mercado de trabalho. Portanto, é essencial que as companhias tenham a compreensão do que esse público, formado majoritariamente por pessoas no início de suas carreiras, está buscando. Assim, terão maiores chances de atrair e reter esses talentos de forma assertiva.

É muito importante que os RHs entendam as particularidades do que atrai um candidato para estagiar em sua empresa, pois não só melhora a capacidade de recrutamento e retenção da empresa, mas também fortalece sua marca empregadora. 

Mais do que apenas uma vaga de emprego, porém, o estágio deve ser levado em consideração em suas particularidades – considerando que o profissional está em formação e que precisa de apoio em muitas atividades. Além disso, é preciso considerar que muitos estagiários atualmente nunca trabalharam presencialmente ou estão em seus primeiros empregos presenciais, por conta da pandemia, de maneira que aspectos como sociabilização e engajamento devem ser olhados de perto. 

Outro ponto importante é que pesquisas como a feita pela Cia. de Estágio podem ajudar as empresas a se guiarem pelas reais necessidades de seus estagiários, e não a partir de achismos – em uma era movida por dados, não são poucas as companhias que ainda partem de uma visão “no meu tempo era assim” para criar suas estratégias sobre como lidar com jovens profissionais. 

A busca por flexibilidade e por desenvolvimento profissional, por exemplo, é um tema que deve muito ser considerado dentro das estratégias do RH para esse público. Além disso, o contato com jovens profissionais e suas demandas pode ajudar a oxigenar e trazer diversidade para as políticas das empresas – visão que costuma ser pouco considerada dentro das estratégias de inclusão das companhias.

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Emilly Nascimento é jornalista com experiência em redação, comunicação interna e relações públicas. Já passou pelo mundo do entretenimento, mercado financeiro e agora está explorando o universo de RH.