Referência na área, indústria farmacêutica quer ampliar acesso a solução indisponível no sistema de saúde para ‘todos os tipos de família’; para diretora de RH (e beneficiária da política), solução auxilia na atração e retenção de talentos

A expressão do momento, aquela tendência que acabou de chegar ao mercado, uma notícia que tem chamado atenção, uma trend que viraliza nas redes ou até uma nova regulamentação. Se o tema está quente, é melhor não ficar para trás. Mas nem sempre conseguimos ir na esteira das novidades e entender tudo que tem acontecido no mundo do RH.
A roda gira, e às vezes bem rápido. Esta seção de Cajuína traz os assuntos mais frescos do universo de quem trabalha com gente.
Na pauta dessa semana, vamos falar sobre os boomerang employees, ou “funcionários bumerangue”, e explicar por que você precisa ficar sabendo desse assunto.
Você se lembra do bumerangue? Um objeto de arremesso, normalmente em formato de V, que tem como principal característica o fato de retornar às mãos de quem o lançou no ar. Criado na Austrália (e muito famoso por lá), o bumerangue ganhou o mundo em forma de esporte e até de brinquedo para crianças e jovens.
Emprestando essa ideia do objeto que voa, mas sempre volta para o mesmo lugar de onde partiu, é que surgiu o termo “boomerang employees”.
Um funcionário bumerangue é um funcionário que deixa uma empresa, por motivos pessoais ou profissionais, e depois retorna para trabalhar para aquela mesma empresa como um funcionário recontratado.
Depois da grande resignação, movimento que tomou o mercado de assalto durante a pandemia da COVID-19, o que vimos acontecer foi uma onda chamada de “grande arrependimento” — que foi ainda mais forte na Geração Z. Uma pesquisa de 2022 realizada pela UKG, líder global de soluções de gestão de capital humano (HCM), descobriu que 62% dos profissionais que deixaram os empregos durante a pandemia, mais de 15 milhões de pessoas, afirmam que o emprego de que saíram era melhor do que o atual.
A prática de voltar a um antigo emprego não é algo necessariamente novo, mas o aumento recorde de demissões (voluntárias e involuntárias) que vimos no período da pandemia da COVID-19, e após, está levando a um aumento também no número de retornos — e a uma maior receptividade e vontade dos gestores para trazer as pessoas de volta.
De acordo com os dados da pesquisa da UKG, quase 1 em cada 5 pessoas no mundo todo já retornaram a um emprego que haviam deixado durante a pandemia. E para aqueles que ainda não voltaram, 41% afirmaram que considerariam retornar à empresa de onde saíram se fosse uma opção.
Por que um funcionário deixa temporariamente o trabalho:
Apesar do contexto mundial recente ter impulsionado esses movimentos, a verdade é que os funcionários de hoje querem flexibilidade para buscar outras opções sem prejudicar as relações e nem fechar as portas com seus empregadores anteriores.
Do lado das empresas, contratar funcionários bumerangue pode ser uma situação vantajosa, trazendo talentos experientes, com fit cultural já estabelecido. É claro que recontratar um talento tem vantagens e desvantagens, mas é importante que o RH passe a enxergar essa comunidade de ex-funcionários como uma fonte interessante de recrutamento.
Os líderes precisam ter cuidado para evitar vieses inconscientes e contratar um funcionário bumerangue apenas por ser a opção “mais fácil”. Em vez disso, vale considerar como a empresa e o funcionário mudaram desde sua contratação original e o que esse profissional pode trazer para a mesa agora.
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