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Bem-estar e uso de tecnologia são maiores preocupações dos RHs no futuro

Pesquisa feita por Caju, Comp e Pipo Saúde realizada com cerca de 200 profissionais da área traz diagnósticos, expectativas e receios dos profissionais do universo de Pessoas para os próximos anos; adoção de inteligência artificial é considerada positiva com unanimidade na pesquisa

Redação
23 de janeiro de 2025
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A chegada de 2025 ao calendário não marca só uma nova temporada no universo corporativo, mas também a metade de uma década em que tudo mudou para o RH. Graças à pandemia do coronavírus e os desdobramentos que dela surgiram – como o modelo de trabalho híbrido ou a premente preocupação com o bem-estar dos colaboradores –, nunca antes a área de Pessoas foi tão importante. Mais que isso: em meio a tendências como a implementação de inteligência artificial ou as mudanças climáticas, o RH seguirá tendo um papel cada vez mais estratégico dentro das organizações. 

Realizada com cerca de 200 profissionais da área, em posições que vão de analistas a altas lideranças, uma pesquisa recente feita por Cajuína, Pipo Saúde e Comp mostrou que as principais preocupações dos RHs com o futuro surgem quando o assunto são o bem-estar das suas equipes e o uso de tecnologia – pautas importantes para 73% e 50% dos entrevistados, respectivamente. Completando o top 5, estão ainda retenção de talentos (45%), desenvolvimento de habilidades socioemocionais (38,2%) e atração de talentos (30,9%),  o que mostra uma mescla entre tendências e temas clássicos do universo do RH. 

Ao longo dos meses de outubro e novembro, 196 profissionais responderam à pesquisa, realizada por meio de formulário online com trabalhadores de RH de todo o País, em diferentes setores da economia. Entre as áreas mais representadas, estão tecnologia (36%), indústria (9,3%), mercado financeiro (7,7%) e comunicação (5,7%). 

Os profissionais também foram convidados a demonstrar sua opinião a respeito de alguns temas dentro de sua própria empresa. Entre os destaques, vale ressaltar que 61% acreditam que sua companhia se preocupa com o bem-estar das pessoas; outros 55% concordaram que a empresa se preocupa com eles. Por outro lado, chama a atenção que somente dois terços dos entrevistados disseram concordar totalmente ou parcialmente com a frase “minha empresa é confiável”. 

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Formato de trabalho

Tema dos mais debatidos nos últimos anos, o modelo de trabalho passou por grandes transformações entre 2020 e a atualidade para os profissionais de RH: se antes da pandemia, 81,5% trabalhavam em formato 100% presencial, hoje esse número passou para 30%. Já o formato remoto saiu de 7,9% para 20,8% da realidade dos participantes do levantamento. 

No entanto, na hora de responder sobre o modelo favorito de trabalho, vitória mesmo para o formato híbrido: 49,4% dos respondentes disseram preferir um sistema com 1 ou 2 idas ao escritório por semana; outros 33,7% defenderam sistemas com 3 ou 4 dias presenciais ou um formato diferenciado do modelo que combina escritório e home office. O remoto é o formato favorito de 11,8% dos participantes, com apenas 5,1% defendendo o presencial – algo que mostra que, muitas vezes, os interesses do RH e das lideranças podem estar em dissonância. 

Uso de tecnologia e diversidade

Pauta das mais frequentes em eventos e seminários de RH, a tecnologia foi assunto bastante debatido na pesquisa. A começar pelo nível de maturidade do uso de tecnologia no RH: para 45,5%, ele é apenas regular, enquanto outros 29,7% responderam que veem sua área com compreensão “baixa” ou “muito baixa” do tema. Além disso, praticamente metade dos respondentes disseram que suas empresas ainda não utilizam inteligência artificial dentro da área de Pessoas. 

Por outro lado, em um dos números mais surpreendentes do levantamento, nenhum profissional respondeu que desaprova o uso de IA no RH. Enquanto praticamente dois terços dizem aprovar totalmente (67,4%), só uma pequena minoria disse “não aprovar nem desaprovar” (3,4%), o que mostra um apetite dos profissionais do setor por compreender novas tecnologias (e não ficar para trás). 

Preocupação crescente nos últimos anos, a ponto de ganhar cargos específicos e até mesmo áreas inteiras dentro das organizações, a diversidade também mereceu atenção especial dentro do levantamento. A despeito do que se discute nas redes sociais, 60,7% dos profissionais acreditam que diversidade será um tema mais discutido no RH e na organização ao longo dos próximos dois anos; só 9,6% pensam que os debates serão reduzidos neste intervalo. 

É uma boa notícia – especialmente porque apenas 52% dos entrevistados rotulam os esforços de diversidade de sua organização como “ótimo” ou “bom”. Para ler os resultados completos da pesquisa, publicada dentro do especial Goles de Inspiração para o RH, vale a pena baixar o relatório.