Vice-Presidente da Cimed, a executiva, que tem feito sucesso nas redes sociais ao mostrar os bastidores de sua rotina, fala para Cajuína sobre cultura, marketing de influência e gestão de pessoas em uma empresa familiar

Recentemente, Guilherme Benchimol, fundador da XP, chegou para uma reunião na empresa e perguntou quem dali usava TikTok. O time, na faixa de 35 anos, ficou em silêncio. “Eu disse que aquilo não podia. Tem que trabalhar a curiosidade, senão vira dinossauro”.
A história foi contada por ele logo após ser questionado, em um dos palcos do evento HR4results, como faz para se reinventar. “Todo mundo precisa de uma zona de desconforto. As habilidades que você tem hoje podem não te levar ao estágio seguinte”, disse.
A seguir, confira alguns destaques do papo e como ele olha para a área de gente e gestão.
Na XP, as avaliações são quinzenais, chegam via push no celular e focam em dois pontos: capacidade de entrega de resultados e cultura. A periodicidade tem um motivo: “Em julho, você vai lembrar no máximo de maio. De janeiro, jamais”, diz.
A área de gente é a mais importante de uma companhia, mas muitos empreendedores e CEOs ainda não enxergam dessa forma.
Cultura vem de cima, é processo. Importante garantir pessoas que combinem e explicar os valores de maneira clara. Tem que treinar (e o líder treina junto com o time de gente). Não dá para deixar que alguém que não tenha a cultura da empresa suba na hierarquia.
Hoje eu entendo que diversidade é performance, mas nem sempre tive essa visão. Já fui machista, daqueles que pensam que é melhor e mais fácil contratar homens da mesma bolha. Eu errei pensando assim. Quando você junta gente com experiências de vida diferentes, a entrega é melhor. Vivências te fazem olhar as coisas de um jeito diferente.
Quando você junta gente com experiências de vida diferentes, a entrega é melhor.
É preciso ter mente aberta se você quer avançar na vida. As habilidades que você tem hoje podem não te levar ao estágio seguinte. Eu sei que é difícil abandonar aquilo que você já faz bem. Eu, por exemplo, era um bom assessor de investimento, e tive que aprender para me transformar e ir além. Todo mundo precisa de uma zona de desconforto. Esses dias eu tive uma reunião com o pessoal da XP, que tem uma média de 35 anos de idade, e perguntei se eles usavam TikTok. Ninguém usava. Eu disse que aquilo não podia. Tem que trabalhar a curiosidade, senão vira dinossauro. Só avança quem navega mares nunca antes navegados.
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