Recurso em teste promete mudar a forma como times colaboram em chats, colocando a IA como um “participante” da conversa — e levantando questões práticas para o trabalho e para o RH
Depois de tantas ideias e reflexões que marcaram este 2025, é hora de virar a página. Antes, porém, reunimos uma seleção de indicações culturais feitas pelos entrevistados que participaram desta edição do Goles. Entre livros de negócios, relatos de viagem, podcasts e tratados de psicologia, estão aqui obras que podem ajudar a imaginar o futuro do trabalho e das relações humanas.
Que elas sejam boa companhia para seus próximos goles de inspiração. Saúde!
“Eu me interesso muito por entender a simbologia nas ações, nos sonhos e na comunicação humana. Quando o ser humano fala ou age, não necessariamente o que ele está fazendo é diretamente o que ele está pensando, há algo muito maior por trás. Aquilo que o homem projeta é só uma pequena porção de todo o universo que está por trás de suas ações – e o trabalho do Jung é uma forma muito interessante de entender a natureza do ser humano.”
Rafael Arroyo, Amazon
“É o meu livro de cabeceira. Ele traz muitas reflexões humanas que levam ao autoconhecimento, à autopercepção, e, portanto, à evolução, seja no âmbito profissional ou pessoal. Gosto dos questionamentos do Fernando Pessoa, que é o maior autor de língua portuguesa. Costumo brincar que estou CEO, mas isso é só uma cadeira. Falar só de gestão ou de negócios pode ser muito estreito. Atrás da cadeira, somos pessoas.”
Ronaldo Ribeiro, Farmax
“Quando se está em uma posição de liderança, muitas pessoas falam sobre o que conquistaram, o que fizeram, o que entregaram. Poucas são aquelas que falam sobre seus equívocos e sobre as suas jornadas – que muitas vezes, têm muitos escorregões e aprendizados. Nesse livro, a Brené fala sobre a importância de ser vulnerável. Para ela não existe perfeição – e o que importa não é como você cai, mas como você se levanta. Como líder, acredito que é importante pensar dessa maneira positiva.”
Daniel Arouca, Colgate-Palmolive
“Tenho uma crença muito grande de que ninguém faz nada absolutamente sozinho, todo mundo só faz algo em conjunto. Esse livro é uma leitura maravilhosa nesse sentido. Ele conta a história de uma gestora que chega a uma empresa totalmente desestruturada. Ao longo do livro, ele vai contando como foi a reconstrução daquele time, estabelecendo relações de confiança, sem melindre, lidando com conflitos, entendendo a visão da empresa. Nosso trabalho, como RHs, é de fazer construção com as outras áreas – e acredito que esse livro tem um ótimo passo a passo para construir boas relações e gerar grandes entregas de resultados.”
Lívia Moraes, Panvel
“Existem livros que ajudam as pessoas a pensarem diferente. É o caso desse livro do Harari, que tem me aberto a cabeça. É importante ler romances, é importante ler livros de negócios, mas livros como esse ajudam qualquer pessoa a abrir a cabeça e ficar ligado no que está acontecendo no mundo.”
(Patrick Tuchsznajder, Globo)
“Sou engenheiro de formação e este livro me atraiu desde o instante em que vi a capa. Ele parte do conceito de momento, uma grandeza vetorial no universo da Física – ou seja, em que a direção e o sentido do movimento importam. Se você tem dois corpos em velocidades iguais, mas em sentidos opostos, o momento deles se anula. Se estiverem no sentido igual, porém, o resultado é positivo. No mundo do trabalho, isso também pode acontecer. O livro traz esse olhar sobre como construir o momento dentro das organizações. É uma dimensão fundamental para as empresas e para as lideranças, ou para qualquer pessoa que queira se inspirar.”
Aspen Andersen, Vibra
“Sempre gostei muito de livros de aventura e de biografias, e li esse livro há mais de 20 anos. Ele conta a história da expedição do Ernest Shackleton ao Pólo Sul, na Antártida. A expedição fracassou, mas dentro desse contexto, o Shackleton conseguiu salvar toda a equipe dele. Recentemente, fui fazer um curso em São Paulo e esse livro voltou a ser citado, mas dentro do contexto de liderança – sobre o qual eu nunca havia pensado antes. Não vou dar spoilers para não afetar a experiência, mas acredito que é um livro que vale a leitura como modelo de liderança.”
Afrânio Haag, Fleury
“Não é um livro novo, ele é de 2017, mas ele traz muitas questões de metodologia para pensarmos um novo RH. Logo de partida, ele traz a provocação de que o RH está morto – só que não. Acredito que pode render bons insights mesmo para quem não é da área.”
Priscila Mônaco, Visa
“A Michelle Obama é uma referência para mim. E esse livro, que é a autobiografia dela, me fez pensar muito e encarar o mundo por um aspecto mais filosófico. Gosto muito de biografias: como líder de pessoas, acredito que isso amplia bastante o meu repertório e me faz pensar em soluções mais criativas.”
Fábio Sant’anna, Arcos Dorados
“É um livro que eu sempre presenteio para os aliados na luta pela diversidade. Ele traz muitos exemplos, de um jeito até dolorido, porque é preciso trabalhar a equidade de gênero. O livro repercute muitas estatísticas e estudos sobre vieses conscientes e inconscientes, seja no ambiente empresarial, na academia ou até mesmo nas escolas. Às vezes é preciso tomar uma cerveja junto para conseguir engolir algumas verdades ali, mas é um ótimo livro para quem ainda tem algum preconceito ou estigma sobre os esforços de gênero. Infelizmente, o gap de gênero ainda é muito grande – e tanto as mulheres quanto os aliados têm um papel para revertê-lo, não só no ambiente de trabalho. Sou mãe, tenho um filho menino e quero que ele não se espante quando uma colega queira jogar futebol ou fazer Engenharia.”
Raquel Zagui, Heineken
“É um livro que defende uma mentalidade orientada ao propósito de longo prazo, mostrando que empresas inspiradoras jogam para evoluir, não apenas para vencer. Das leituras recentes, é uma das que mais me impactaram.”
Ana Clara Silva Pinto, Dengo
“É um podcast que aborda temas psicológicos, com foco no entendimento da mente humana. Hoje, falamos muito sobre a NR-1, sobre saúde mental. E acredito que entrar na mente humana é fundamental para lidar com esses temas. Aproveito meus traslados para escutar o podcast e abrir a mente para compreender de outras formas os pensamentos das pessoas – e claro, como o RH pode auxiliar as pessoas no âmbito da saúde mental.”
Renato Luzzi, SulAmérica
“Pode parecer besta indicar um reality show à primeira vista, mas ele mostra algo muito importante: independentemente de quem somos, todas as pessoas buscam conexões significativas. ‘Amor no Espectro’, por exemplo, é um belo exemplo de como as pessoas são diferentes, dentro do espectro autisa, mas como todas querem ser amadas e se sentirem pertencentes. É um ótimo exemplo de reality show, que deixa as pessoas brilharem e serem elas mesmas.”
Kasley Killam
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