Com três décadas de experiência no RH, executiva encontrou no setor a capacidade de fazer a diferença; a Cajuína, ela fala sobre formação de jovens, inteligência artificial e como a área de Pessoas precisa estar pronta para responder a mudanças velozes
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O uso de Inteligência Artificial têm ajudado os trabalhadores a serem mais produtivos e isso não é novidade. Mas, o que estamos fazendo com o tempo que sobra?
Durante os três dias do evento, executivos de RH de grandes empresas do país mostraram como tecnologia e humanidade precisam caminhar juntas para redefinir o futuro do trabalho
À frente de um time de 6 mil colaboradores, diretora de gente e gestão compartilha desafios e aprendizados ao conjugar engajamento, performance e apelo emocional; para executiva, “arroz e feijão” da Camil está no casamento entre os temas de pessoas e de estratégia
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Em tempos de bets e alto endividamento, cada vez mais organizações apostam em iniciativas como programas de educação financeira, campanhas de conscientização e produtos financeiros proprietários para engajar suas pessoas e contribuir para os níveis de felicidade e produtividade
Na pauta dessa semana, vamos falar sobre a mais recente pesquisa da consultoria holandesa Randstad sobre marca empregadora – e os sinais que ela aponta para temas que sempre estão nas pautas do RH
Bruna Gonçalves, do QuintoAndar; Tamy Silva, da Asksuite Hotel Chatbot; e Fernanda Bichuette, da Loggi; trocam uma ideia sobre recrutamento em tecnologia
Lidiane Faria
16 de março de 2022
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Convidamos para a sala três profissionais que trabalham com recrutamento em tecnologia e estão em momentos diferentes de carreira para um papo reto sobre os desafios que encontram no dia a dia. São elas:
Bruna Gonçalves, Tech Recruiter Specialist na QuintoAndar;Tamy Silva, HR Business Partner Tech Recruiter na Asksuite Hotel Chatbot; e Fernanda Bichuette, Tech Recruiter Coordinator na Loggi.
-> Bruna Gonçalves, pergunta para Tamy Silva:
Quais ações você acredita que ajudam a garantir a diversidade no processo seletivo para tecnologia?
Tamy: Acho que primeiramente a empresa deve estar com a mentalidade aberta para a diversidade e promover ações que façam com que as pessoas que ali trabalham se sintam confortáveis em ser o que são. As ações internas refletem muito na visibilidade da empresa, atraem candidatos para o processo seletivo e também geram indicações de pessoas que se sentem felizes em trabalhar lá.
Também é preciso apostar nos desenvolvimento de minorias. Fala-se muito da dificuldade de colocar mulheres, negros e pessoas do grupo LGBTQI+ nos times de engenharia, mas raramente são abertas oportunidades de estágio e vagas juniores para quem está começando. Tem muita gente diversa querendo entrar nessa área, acredito que abrir mais oportunidades seria fundamental – afinal, todo mundo precisou começar um dia. E, por fim, também, abrir vagas exclusivas para determinados públicos para trazer aquele componente que vai agregar ao grupo.
-> Tamy Silva pergunta para Fernanda Bichuette:
Como competir com as propostas internacionais que têm sido constantes aos desenvolvedores?
Fernanda: Existe um caminho essencial de revisar cargos, salários, benefícios e garantir que todos sejam competitivos em relação ao mercado. Um segundo passo é trabalhar fortemente com as outras sub-áreas de People para garantir que tudo o que é prometido no recrutamento seja cumprido ou até que as expectativas sejam superadas durante a experiência dela na empresa. Ou seja, que tenha um bom onboarding, uma boa liderança, que ela tenha oportunidades e todas as ferramentas para crescer e se desenvolver. A revisão básica de cargos, salários e benefícios é necessária, mas principalmente olhar para a experiência do colaborador como um todo, e que o ‘salário emocional’ que tanto falamos hoje em dia seja maior do que qualquer proposta internacional.
-> Fernanda Bichuette pergunta para Bruna Gonçalves:
No que você acredita que o recrutamento de tech se diferencia do recrutamento de outras áreas?
Bruna: Acredito que recrutar para tech exige algumas skills mais específicas do que um recrutamento generalista. Por exemplo: ter um conhecimento de tecnologia a fim de explorar mais das experiências da pessoa candidata além de entender mais a fundo a necessidade do Hiring Manager. É evidente que não precisamos dominar tudo, já que as etapas mais técnicas vão explorar esses aspectos, no entanto, entender sobre metodologias, ferramentas, modelos de estruturas e os papéis de cada profissional ajuda muito a tornar o processo mais assertivo.
Além disso, eu destacaria a necessidade de se ter uma mente aberta à inovação para conseguir criar melhorias constantes no processo seletivo. Por termos uma escassez de profissionais de tecnologia no mercado, garantir uma boa experiência no processo é um ponto-chave para que o profissional siga interessado na oportunidade. O timing também é muito importante aqui: com o mercado aquecido, é comum que a pessoa esteja em mais processos. Essa abertura ao novo também é importante pensando no fato de ser um mercado que está em constante mudança. É necessário acompanhar as tendências que vão surgindo, como novas nomenclaturas de cargos e ferramentas.
Por fim, destacaria o olhar ainda mais atento para a diversidade, o universo tech ainda carece de representatividade e é necessário ser muito intencional nesse aspecto e exercer um papel de influência para ações afirmativas que ajudarão a mudar o cenário atual.
Lidiane Faria é graduada em Relações Públicas e pós-graduada em Jornalismo. Tem experiência em startups de tecnologia, consultorias e emissoras de TV e adora ouvir pessoas incríveis.